domingo, 27 de novembro de 2016

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dos comandos.

Bem sei que o tema já lá vai, mas não tive tempo enquanto foi temática de parangonas e, como quase tudo que interessa de resto, já ia deixar passar sem escrever nada sobre o assunto.

Mas hoje tive notícias de um primo meu e a verdade é que o que aconteceu, só pode surpreender quem nunca conviveu com um comando.

Eu tenho um primo que foi comando. Esse meu primo foi treinado qual máquina de guerra. Esse meu primo desenvolveu competências de sobrevivência extraordinárias. Esse meu primo foi, em tempos, um Rambo. Um verdadeiro Rambo. Capaz de sobreviver no mato só com a roupa que trazia no corpo. O tempo que fosse preciso. Capaz de caçar com as próprias mãos. Capaz de aguentar todo o tipo de tortura que da boca dele é que não sairia nada. Nem que o matassem. Literalmente.

Mas, como praticamente todos, o meu primo levou um valente pontapé no traseiro quando perfez trinta e cinco anos (ou coisa que o valha). Findo o contrato com o exército: "Xau Rambo nº 7896, foi fixe!" E regressou à sociedade civil um Rambo, tropa de elite, cujas competências que desenvolveu lhe serviram para zero, sendo que foi igualmente do zero que teve de (re-)desenvolver as competências sociais (entretanto afogadas num qualquer treino onde esteve com lodo pela cintura durante dez horas numa noite de janeiro) para se (re)integrar e conseguir singrar na sociedade civil.

Este meu primo tem problemas de saúde vários. Claro. Fígado desfeito, já transplantado, sendo que nunca teve hábitos que o justificasse (como o de consumo de álcool, por exemplo). Sofre de uma doença de sangue cuja causa não se consegue diagnosticar. Claro que o ter sido sujeito durante mais de uma década a "treino de elite", pode ser só uma coincidência. Ou não.

Hoje soube que o meu primo volta a não estar bem. Voltam a não conseguir identificar-lhe o problema.

Hoje lembrei-me de ter lido isto, de não me ter surpreendido mas de me ter agoniado.

Hoje lembrei-me que perante a notícia de dois homens terem sido mortos num treino (que foi isso que aconteceu... eles não morreram, eles foram mortos!) alguém com responsabilidades do exército disse ipsis verbis: "As pessoas têm que ter noção que não estamos a treinar escoteiros!". Oi?! Aquelas pessoas morreram à sede... À sede! Não bateram com a cabeça num acidente... Não. Foi-lhes negada água! Á-gu-a! 

Se alguém foi responsabilizado? Não. Claro que não. Não foi, nem há de ser. Deus nos livre e guarde de nos metermos com as força armadas. Devemos-lhe a democracia, pelo criador!

E este treino tão duro e exigente para quê?! 

Se entrarmos em conflito armado estamos dependentes dos ingleses... Ai não, espera... Esses brexitaram-se! Estamos dependentes dos... franceses, não é? Quando somos nós que vamos ajudar mandamos, normalmente, em missão sfot a GNR, não é? É que mandando gente para a frente de batalha corremos o risco que nos morram alguns... E nós já somos poucos, que morram os dos outros. Mais vale tê-los por cá... A morrer à sede ou assim.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Adaptação ao Meio.

Segunda-feira. 9h00, A três minutos do trabalho. Lá ia eu toda animada a cantarolar já não sei o quê quando de repente... Tau! Estourada com o espelho retrovisor noutro de um carro estacionado. Dois espelhos estraçalhados.
Encosto, vou apanhar bocados de, enfm, coisas e deixar número de telefone.

Mal estaciono já no trabalho ligo toda stressada ao meu mui estimado marido que atende, estranhando telefonema àquela hora...

[Estimado marido] Sim?!...

[NM] Sim... Olha, bati com o carro!

[Estimado marido] Então?

[NM] Olha, bati. Parti o nosso espelho e o de outro carro. Ainda por cima foi o de um BMW.

[Estimado marido] Mas como é que foi?

[NM] Olha, foi... O outro estava estacionado e eu ia a passar e bati-lhe com o espelho.

[Estimado homem] O outro estava estacionado?!!

[NM] Estava. Porquê?

[Estimado homem] Por nada...

[NM] A sério, diz lá porquê...

{silêncio}

[NM] Sim?! Estás aí?

[Estimado homem] Estou... Estava a pensar... 

[NM] A pensar?!

[Estimado homem] Sim, a pensar... Esta é aquela parte em que tenho de pensar muito bem o que digo antes de desatares aos berros comigo, não é?

(...)

Espeeeeerto!!


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Por acaso percebo perfeitamente o desnorte do presidente do meu clube lá naquela situação do vapor de água com o Presidente do Arouca.

É que quando uma pessoa só está habituada a lidar com gente de fino trato, nem sempre age da forma mais adequada quando confrontada com situações e pessoas que lhe fogem aos cânones.  Eu também não sei como reagiria se me visse frente a frente com um búfalo enraivecido ou lá o que era aquilo.

Mas... Que fique bem claro, sou da opinião de que expelir vapor de água com toda a força em direção à boca de alguém nunca há de ser uma atitude de bom tom. Até se podem transmitir gripes inclusivamente. Ou herpes. Ou outras coisas piores.

Mas, como já disse, percebo perfeitamente. É de não estar habituado a certo tipo de gente...

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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Let the show begin!

Daqui.

"Finalists"!

"I am the only one who knows who the finalists are!"

Repito... "Finalists!"

E só o homem é que sabe quem são... Húuuu... Que poder... Que suspense... Tudo numa rede social perto se si.

Parecem ou não palavras de quem está prestes a abrir o envelope dourado num concurso de misses?

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Se não fosse a triste realidade até dava para rir.

Eu é que tenho o melhor poema.

«Com engenho»

Calma com o andor,
Que a procissão vai no adro,
Tem bom gosto sim senhor,
É um blog de agrado,
Assunto tem com fartura,
Sempre com engenho e razão,
E em qualquer altura
Tem uma qualquer solução,
Uma mãe exemplar,
Imagino pelo que tem escrito,
Tem palavras para ajudar,
Qualquer blogger expedito,
Continue a escrever bem,
A fazer os outros sorrir,
A atitude já a tem,
O resto acaba por vir. 

Obrigada, O Poeta! De coração. :)

* Só uma perguntinha... O que é "O resto" de que fala ali na última linha? Fiquei para aqui a matutar no assunto...

terça-feira, 15 de novembro de 2016

E é isto.

Diz-me o meu filho mais novo a mostrar-me os lápis de cor que traz muito bem agarradinhos na mão:

- Qual qués, mãe? Qual escóies?

- Qual escolho?! Hum... Deixa ver... Pode ser a amarela.

- Qués a  amaéia?!

- Sim.

- Ponto... Toma. Fica com a vemêlha.

(...)

E é isto a minha vida.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Suzanne.

De cor e salteado.
De trás para a frente.
O que trauteio quando nem me dou conta que estou a trautear.

Desde os meus 16.



So long, Leonard!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O acordar na Europa.

face punch punch truck punching


O despertador toca. Mal me mexo, ouço: "O Trump ganhou!" E eu rio-me a achar que marido estava a pregar-me uma partida... Mal pouso os olhos nas parangonas da TV... 

Festinhas... 

Comparado com o que hoje senti ao acordar, aquilo aquando do Brexit (cuja notícia me chegou no mesmíssimo contexto) foram suaves festinhas da cabeça.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

E controlo anti doping, existe?

Os candidatos presidenciais norte americanos estão em campanha há ano e meio. Ano-e-meio! Ano e meio debaixo de uma pressão mediática que ultrapassa os meus limites de capacidade de recriação. Ano e meio a saltar de Estado em Estado. Nestes últimos tempos chegam a estar em três Estados diferentes no mesmo dia. 

Nem que lhes façam o trabalho de bastidores todo. Eles estão fisicamente lá. E lêem os discursos, E enfrentam-se em debates de mais de uma hora. E sorriem. E acenam. Aparecem sempre mais frescos e viçosos do que aquilo que eu estou neste momento e ainda nem a uma da tarde é. 

Estamos a falar de pessoas de 70 anos, caramba...





Drogas. Só podem andar carregadinhos de drogas.





E isso explica muita coisa.

domingo, 6 de novembro de 2016

Só mais uma coisinha para os amigos portistas...

O Sporting acabou de ganhar por 3 - 0 ao Arouca. Três-Zero!



Não sabem escolher os clubes de futebol e depois, claro, ficam todos irritadinhos.

Pronto... E agora vou para dentro...

A ver se marido não perdeu, entretanto, os sentidos com os nervos lá por causa daquilo do jogo, que o sinto muito calado...

Até amanhã. Ou assim.

Não falho uma.

Jornal: Expresso.

Programa de rádio: Governo Sombra.

Programa de televisão: Project Runway.

Sempre a descer, bem sei!

Caiu o primeiro dente de leite ao Jr...

E o que eu gostava mesmo era de, quando lhe caísse o segundo, ter coragem de mandar fazer uns brincos com os ditos cujos, para me ir pavonear, de cabelo apanhado, junto das minhas amigas.

Rio-me à gargalhada só de imaginar a cara delas... 

Se soubesse o que sei hoje tinha-lhe chamado Francisco.

Por causa do Papa? Não. Por causa da chico-espertice, mesmo.

[NM] Jr., tens de comer pelo menos três fatias de pizza. São pequenas... Pelo menos três, ouviste?

[Jr.] Está beeeem.

(...)

[Jr.] Mãe... Posso não comer mais?

[NM, a saber que ele estava a acabar a 1º fatia, a 2ª na loucura das loucuras] Ui... Mas quanto é que tu já comeste?

[Jr.] Eeerrr... Três...

[NM] Hã?! Oh rapaz... Ui... Se me mentes... Ai... É que nem brinques... Ficas de castigo uma semana.

[Jr.] Três.. Por cento! Fogo, mãe... Nem me deixas acabar de falar, começas logo a ralhar...

(...)

Ahã!

Obviamente que há de ter uma explicação lógica qualquer. Só não estou é muito bem a ver qual.

Eu e Baby chegados da aula de natação conjunta.

[NM] Muito bem... O "Baby" portou-se muito bem... Conta ao pai, conta... O "Baby" nadou como um...

[Baby] Peixe!

[NM] Pois foi... Nadou como um peixe...

[Baby] A mamã tamém...

[NM] A mamã também nadou como um peixe, foi?

[Baby] Não. Como uma baleia.

(...)

Hã?!

Nisto, o meu marido engasgava-se a rir, claro... Obviamente.

Obviamente que foi completamente inocente... 
...
...
...

Obviamente, né?

O futebol é que estraga. Neurónios.

O meu marido é A razão. Sempre. Nem que o interlocutor seja uma criança. Nunca floreia nada, nunca conta meias verdades. As coisas são o que são. O meu marido é o homem que explica a uma criança de 2 anos que tem de dormir porque isso lhe fortalece as sinapses e que ensina uma de seis a andar de trotinete explicando leis da física. 

O meu marido revira os olhos e morde os lábios quando ouve falar no Pai Natal e na Fada dos Dentes.

No entanto, o meu marido é o homem que tenta convencer crianças (as tais que segundo palavras do próprio têm de perceber desde cedo como as coisas funcionam, factualmente) que...

[Jr.] Pai... Podes-me pôr aqui no tablet outros hinos de outros clubes...

[Estimado Marido] Posso. Só não podes ouvir o do Benfica porque esse estraga o tablet... 

[Jr.] Estraga?!!

[Estimado Marido] Estraga... Até vinha escrito no manual de instruções.

[Jr.] Hã?!!

[Baby] O Fenfica estága...

[Estimado Marido] Estraga... O do Benfica estraga! Não se pode ouvir.

(...)

Há condições? Pois claro que não...

E a jogada que deu origem ao canto que deu origem ao golo?

Ui...

Transtornou-me o marido. 

Não estou certa que consiga voltar ao que era. Oremos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A mim também me incomoda o salário do Presidente da CGD...

Incomoda-me, por exemplo, que o tal senhor ganhe o mesmo que o Fernando Mendes e a Catarina Furtado juntos.

Porque uma coisa é gerir um banco, bem sentadinho num belo gabinete com A/C e luz natural e a querer, poder e mandar. Outra completamente diferente é estar ali, às vezes em directo e sabe Deus com que vontade, a apertar bacalhaus e a receber presuntos ou a ser a cara bonita da estação de televisão pública, só porque sim, qual reinado, e quer se tenha dormido bem, mal ou assim-assim. Pelo criador... Cada macaco no seu galho. Toda a gente sabe que para a Caixa qualquer um serve. 

E depois, claro, o povo revolta-se... Pois claro que revolta... Porque o Gordo... Ai o Gordo... Bolas, aquilo com O Gordo é que é uma barrigada de riso... E a Catarina?! Ui... Só aquele sorriso vale tudo, senhores! Para a Caixa?! Iam buscar um meco qualquer, olha que carai... Olha agora pagar-lhe o mesmo que a estes dois queridos que tanto fazem pela nação... Não se compreende, de facto.

Se eu mandasse nisto ia buscar o Goucha e a Cristina para a RTP e punha um chimpanzé na presidência da Caixa. E pagava-lhe com robalos. 

O efeito era o mesmo e o povo andava mais feliz.

Adenda: Numa péssima blogo-conduta só fui confirmar os números que trazia na cabeça depois de publicar o post e tenho uma péssima notícia a dar-vos. Para termos o Goucha e a Cristina na RTP tínhamos de demitir a administração (praticamente) toda e deixar lá o chimpanzé (praticamente) sozinho. Não faz mal. Estou certa que dava conta do recado. Afinal de contas aquilo sobreviveu ao Vara...


snail patience

Já estive mais longe de organizar o meu próprio Mercadito, já...