sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Decididamente eu sou dos que recomeçam em Setembro.

Não me sinto a acabar nada e, por conseguinte, este não se me afigura como um recomeço. Não tenho resoluções, nem vontade/capacidade para balanços. O meu ano ainda só leva 4 meses. Não estou cansada e tenho sob controlo o que resolvi em Setembro passado.

O meu ano acabou na primeira semana de Agosto. Depois fui de férias e recomecei um ano novo em Setembro.
E esse meu final de ano foi particularmente duro; provavelmente o mais penoso. Nunca me senti tão perto da exaustão como então e foi praticamente de maca que entrei de férias. E se só fraquejei, em vez de me estalar no meio do chão, foi porque tenho uma casa de tijolo, não de palha ou de madeira, que não vai abaixo com qualquer ventania.

Profissionalmente sou-me dura, ambiciosa e tremendamente organizada e disciplinada. Faço um plano em Setembro, com ajustes em Março. E a finais de Julho, a menos da perturbação causada pela queda de algum meteorito ou assim, tudo o que estava planeado tem que estar feito. E bem feito.

Mas nem sempre me é fácil. Neste Julho/Agosto tive insónias sucessivas, enxaquecas, dor muscular generalizada, quebras de tensão e uma dor no braço esquerdo que me fez ir às lágrimas. Foi difícil. Tive medo que me desse uma sulipampa qualquer que me mandasse desta para melhor.

A minha resolução de Setembro foi ser-me mais branda. Pela minha saúde. E, por osmose, pela dos meus. Por mim e pelos meus estou cada vez mais capaz na arte de priorizar, de relativizar. Separo o trigo do joio sem pensar no assunto. Um dia de cada vez e a aproveitar ao máximo os meus e os bons momentos, sem o peso do Mundo nos ombros.

Estou mais feliz, mais leve e em paz, porque assim resolvi que ia ser. Tão simples quanto isto. Eu não sou o que fui naquele meu final de ano.

Mas porque muda o calendário, e porque para muitos este é que é o momento de balanços e recomeços, desejo a todos um excelente 2017, com boas saídas, óptimas entradas e melhor permanência.

Não vos aborreçais muito. A sério que não carece. Ide por mim.











Uma parceria com a Schleich é que calhava que nem ginjas.


Sempre com animais atrás. Sempre. Mas quando digo sempre é mesmo sempre. Não sai de casa sem dois. (Aqui está com três, porque o tigre fora oferta do dia.) Quer vá ao parque, à escola ou ao supermercado. Escolhe dois antes de sair de casa e leva-os com ele. Sempre. Na escola leva para o recreio. Se for caso disso, esconde-os num cantinho e antes de voltar para a sala vai buscá-los. Quando sai comigo e precisa das mãos (no parque p.e.) pede-me que lhos guarde na carteira. Só sai de casa com os maiores (diz que os pequeninos se podem perder) e sempre com os mesmos pares. O elefante com o rinoceronte, o cavalo com a vaca, o urso polar com o urso pardo, a chita com a girafa... Impensável trazer o rinoceronte e o cavalo, ou o leão com a ovelha... Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Tem um tubarão grande que nunca sai de casa porque ainda não lhe arranjou um par à altura. Tal como ao lobo ou ao hipopótamo.
Em casa, tirando a plasticina e a bola (quando o irmão está para aí virado) não brinca, basicamente, com mais nada.


Eu?! Eu acho piada a esta curiosidade toda pelo Mundo Animal, até porque quer saber sempre mais e mais: onde vivem, o que comem, como nascem, e de arrasto aprende muita coisa. Adora ver documentários, livros (e isto já vem há mais de um ano) e continua a aumentar a sua coleção de nomes em inglês (já lhe perdi a conta há muito, mas não deve andar muito longe de saber uns 60 ou 70).

Mas sim, é verdade que seria salutar ter outros interesses...

Ou então não e assim está bom. Nem três anos conta, há de ter mais que tempo para alargar horizontes.


Entretanto, à entrada do Hospital da Cruz Vermelha...


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

"Presidente da República lamenta morte de George Michael."

Aqui.

O que o cidadão Marcelo precisava era de um blogue, para desopilar fígados e expressar o muito que aparentemente lhe vai na alma. 

E de caminho reservava o sítio da Presidência para os comunicados de Presidente. De uma República. Que, por acaso, em nada se relaciona com o artista em questão.

Fui investigar... O Leonard Cohen mereceu honras do Presidente. O Prince não. (O Bowie faleceu antes da sua eleição.) Muhammad Ali, um dos maiores desportistas de sempre, também foi votado ao desprezo... Vou continuar a investigar a ver se descortino um critério e se chegar a alguma conclusão logo vos porei a par. 

Modéstia à parte...



[NM] Ui... Mas vós hoje estais cá uns giraços...

[Jr, a falar para o Baby] Pois está... Hoje o Baby está todo bonito...

[NM] Só o Baby?! Tu não?!

[Jr.] Oh sim, mas eu já é costume.

(...)

Presunção e água benta...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Manias.

Enquanto trabalho só me consigo concentrar a ler se tiver uma lapiseira (pesada, de metal e diâmetro generoso) na mão. 
Não, não pode ser uma caneta. Nem um lápis. Nem tampouco uma lapiseira pequena ou de plástico.

Enfim, podia ser pior.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Escavar ou não escavar, eis a questão.

Hoje a educadora do Baby pediu para falar comigo. Estava preocupada porque diz que ele fica com os lábios roxos cada vez que come um iogurte. "É do frio..." Mas diz que tiram os iogurtes do frigorífico 10 a 15 minutos antes de os darem às crianças, precisamente para não estarem tão frios.

"Pois, mas pode não ser assim tão simples..."

Hoje pus a educadora do meu filho mais novo a par disto.

Hoje voltei a abrir esta página. E esta.

Hoje voltei a pôr em cima da mesa a hipótese de fazer o teste. Tirava as dúvidas de uma vez por todas e podia proteger com mais propriedade os meus filhos, em caso de.

Mas hoje voltei a fechar a página sem nada decidir. Por medo.

Saber que se tem uma mutação num gene é saber que se tem um parafuso solto no motor. É saber-se que, sim senhor, pode andar ali solto a chatear e a fazer barulho mas sem danos de maior, mas que também pode ser o parafuso que liga duas peças de monta que mais cedo ou mais tarde vão ceder. Ninguém sabe. 

O meu objetivo mor é ser feliz. E a ignorância é meio caminho andado para, não tenho dúvidas sobre isso. 

Não sei... 

Tenho medo. 

Por desconhecimento?! Não, pelo contrário.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

I beg your pardon?

[NM] Jr., vou tomar um duche. Tomas conta do mano?

[Jr.] Tomo, mas ele já não é nenhum bebé.

[NM] Pois não, mas ainda é pequenino.

Deixo-os na sala. Do quarto vejo o Baby ao saltos no sofá e aproximo-me, às escondidas, para os ouvir.

[Jr.] Senta-te! Já sabes que não podes saltar no sofá.

[Baby] Nãaaaoo!

Para que se sentasse o Jr. puxa-lhe pela camisola para baixo:

[Baby] Deeeixa!!

[Jr.] Senta-te!

[Baby] Óia que eu chóio!... E depois a mamã ráia.

[Jr.] Ah pois ralha, ralha.

[Baby] Ráia contigo...

[Jr.] Comigo?!!

[Baby] Xim. Puque eu xou pucanino.

(...)

Os segundos filhos... Ai os segundos....

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Primeiro estranha-se, depois... É em loop.


Só para perceber a minha posição relativa no que concerne a acidentes de trânsito.

Ultimamente, e sempre que a conversa é, ainda que tangencialmente, sobre perícia na condução, o meu marido lembra-me que parti o espelho de um carro que estava estacionado. Numa rua larga. Comigo a conduzir o carro dele.

Ontem, tal craque da condução, amolgou o meu carro contra um pilarete de um passeio. 

A minha questão é: 

O que é que está mais parado? Um carro estacionado ou um pilarete?

Só pode ser bom sinal.

Depois de sete dias em casa doente, ontem à noite o meu filho mais novo já me implorava para hoje o deixar ir à escola.

E lá foi ele.

Mundo... Este meu filho precisa de Mundo!

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Como dois mais dois serem quatro.

De toda a santa vez que me vai pedir um favor, a minha "assistente de roupa e lar", lá diria Palmier, diz-me que estou mais magra 53 segundos depois de me cumprimentar.

Antes de sair diz-me que precisa de falar comigo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Agridoce.

Um filho febril a dormitar-me no colo e um dos livros mais absorventes que já me passou pelas mãos.

domingo, 11 de dezembro de 2016

O sarcasmo, ai o sarcasmo...

Estimado marido foi com o Jr., sobrinho e um amigo destes ao circo (calma, o meu irmão também estava... Algum dia uma homem se aventurava sozinho com três crianças?). Parece que estiveram uma hora à espera de entrar. (E aguentar crianças desta idade paradas à espera do que quer que seja, é o que se sabe.)

Ao chegarem a casa...

[NM] E então?! Portaram-se bem?

[Estimado marido] Portaram... Mas ainda tive de ralhar com o Jr. e o amigo que começaram a brincar às lutas enquanto estávamos à espera para entrar

[NM] O quê??!!! Às lutas???? Jr.??!!... Às lutas?!! Já te disse um milhão de vezes que não quero que brinques às lutas.

[Jr.] Mas parámos logo...

[NM] E depois brincastes ao quê?

[Jr.] Jogámos futebol...

[NM] E onde tinhas a bola?

[Jr.] Não tinha. Jogámos com pedras.

[NM] Com pedras?! A sério?!!! E tu deixaste?

[Estimado Marido] Deixei... O que eles queriam mesmo era sentarem-se a jogar xadrez com umas pedrinhas que encontraram...Umas brancas, outras pretas, o cavalinho, a torre... Mas depois o chão estava sujo, iam dar cabo das calças e eu lá os convenci a entreterem-se a dar chutos em pedras...

(...)

Não percebo.

Podiam ter jogado à sardinha, por exemplo. 


sábado, 10 de dezembro de 2016

Esta noite foi assim que aconteceu.

O Obama, o Papa e o Ministro da Educação vieram jantar cá a casa. Quem fez questão de nos vir visitar foi o Obama porque o meu marido lhe tinha dado umas dicas muito boas lá num fórum de automobilismo. Logo nessa altura o Obama disse que quando viesse a Portugal nos queria conhecer e agradecer pessoalmente as tais dicas. Coincidiu que o Papa também cá estava e o Ministro da Educação ligou a perguntar se também o podia trazer, que até era um favor que lhe fazíamos, que  assim matava dois coelhos com uma cajadada só, que lhe custava não jantar com qualquer um dos dois. "Ora essa, que venha também o Papa. Temos muito gosto em recebê-lo."
O jantar foi muito divertido. Mesmo muito. O Obama é um prato e o Papa revelou-se melhor que a encomenda, sempre com umas saídas bem sarcásticas e gargalhada pronta. O Ministro falou pouco mas riu-se muito do que nós dizíamos. O jantar terminou já a noite ia alta e só depois quando estava a tentar adormecer me lembrei que nem uma fotografia tinha tirado para ficar como recordação.

De manhã escrevi aqui um post a contar como tinha sido. E vós não acreditastes.

Não me mereceis é o que é.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Mas não seremos competentes em nada?


E o prémio do brinde de Natal mais parvo vai paraaaaa...

A Rituals e a sua luzinha de presença.


"É uma luzinha de presença que se liga com a lanterna do seu smartphone."

Perante a minha cara de "Hum..." a explicação continua.

"É para incentivar as pessoas a conviver mais e a passar menos tempo com o telemóvel, percebe?"

Não.
E continuo sem perceber.

E quando estamos quase quase em paz com aquilo que achamos serem alucinações...

Sempre que chego cedo ao trabalho, mal fecho a porta do gabinete começo a ouvir música. Clássica.

Abro a porta e deixo de ouvir. (Apenas o silêncio do espaço comum.) Vou fechando a porta e vou começando a ouvir. (Mas só se for de manhã cedo.)

Do gabinete contíguo ao meu não é. Certifico-me disso praticamente de todas as vezes. Por vários motivos custa-me muito, mesmo muito, a acreditar que venha do piso inferior, mas como estou no últmo piso...

Hoje tive uma reunião muito cedo e a verdade é que fiquei aliviada quando ouvi: "Oh... Está a ouvir?! De onde virá?" Estive para responder que achava que vinha do Céu. Mas, a bom tempo, calei-me.

Sim. De baixo. Só pode vir de baixo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Enfim... Paciência.

Sem paciência para gente estúpida. E de horizontes tolhidos. Sem paciência para gente coitadinha e incompetente. Para gente mal formada. E mal educada. Pré-histórica. Por opção. Sem paciência para gente preguiçosa, ociosa e cheia de azares. Sem paciência para merdas e merdinhas. Sem paciência para caganças. Sem paciência para egos inflados. Sem paciência para falsos sabedores. E falsos rebeldes. Sem paciência para poucochinhos. Sem paciência para arrogâncias. E ignorâncias. Sem paciência para malandrices e chico-espertices. Sem paciência para meias verdades. Sem paciência para aparências. Sem paciência para castelos de areia. Sem paciência para pequenas ditaduras. Sem paciência para importâncias ou umbiguismos. Sem paciência. Ando sem paciência. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

PAULO...

... para toda a OBRA.

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Pronto, era só mesmo isto.
Que tenhais uma noite descansada e um bom fim de semana. E depois uma boa semana. E depois um bom feriado. E um bom Natal. E assim sucessivamente. Se não nos virmos antes, claro.

domingo, 27 de novembro de 2016

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dos comandos.

Bem sei que o tema já lá vai, mas não tive tempo enquanto foi temática de parangonas e, como quase tudo que interessa de resto, já ia deixar passar sem escrever nada sobre o assunto.

Mas hoje tive notícias de um primo meu e a verdade é que o que aconteceu, só pode surpreender quem nunca conviveu com um comando.

Eu tenho um primo que foi comando. Esse meu primo foi treinado qual máquina de guerra. Esse meu primo desenvolveu competências de sobrevivência extraordinárias. Esse meu primo foi, em tempos, um Rambo. Um verdadeiro Rambo. Capaz de sobreviver no mato só com a roupa que trazia no corpo. O tempo que fosse preciso. Capaz de caçar com as próprias mãos. Capaz de aguentar todo o tipo de tortura que da boca dele é que não sairia nada. Nem que o matassem. Literalmente.

Mas, como praticamente todos, o meu primo levou um valente pontapé no traseiro quando perfez trinta e cinco anos (ou coisa que o valha). Findo o contrato com o exército: "Xau Rambo nº 7896, foi fixe!" E regressou à sociedade civil um Rambo, tropa de elite, cujas competências que desenvolveu lhe serviram para zero, sendo que foi igualmente do zero que teve de (re-)desenvolver as competências sociais (entretanto afogadas num qualquer treino onde esteve com lodo pela cintura durante dez horas numa noite de janeiro) para se (re)integrar e conseguir singrar na sociedade civil.

Este meu primo tem problemas de saúde vários. Claro. Fígado desfeito, já transplantado, sendo que nunca teve hábitos que o justificasse (como o de consumo de álcool, por exemplo). Sofre de uma doença de sangue cuja causa não se consegue diagnosticar. Claro que o ter sido sujeito durante mais de uma década a "treino de elite", pode ser só uma coincidência. Ou não.

Hoje soube que o meu primo volta a não estar bem. Voltam a não conseguir identificar-lhe o problema.

Hoje lembrei-me de ter lido isto, de não me ter surpreendido mas de me ter agoniado.

Hoje lembrei-me que perante a notícia de dois homens terem sido mortos num treino (que foi isso que aconteceu... eles não morreram, eles foram mortos!) alguém com responsabilidades do exército disse ipsis verbis: "As pessoas têm que ter noção que não estamos a treinar escoteiros!". Oi?! Aquelas pessoas morreram à sede... À sede! Não bateram com a cabeça num acidente... Não. Foi-lhes negada água! Á-gu-a! 

Se alguém foi responsabilizado? Não. Claro que não. Não foi, nem há de ser. Deus nos livre e guarde de nos metermos com as força armadas. Devemos-lhe a democracia, pelo criador!

E este treino tão duro e exigente para quê?! 

Se entrarmos em conflito armado estamos dependentes dos ingleses... Ai não, espera... Esses brexitaram-se! Estamos dependentes dos... franceses, não é? Quando somos nós que vamos ajudar mandamos, normalmente, em missão sfot a GNR, não é? É que mandando gente para a frente de batalha corremos o risco que nos morram alguns... E nós já somos poucos, que morram os dos outros. Mais vale tê-los por cá... A morrer à sede ou assim.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Adaptação ao Meio.

Segunda-feira. 9h00, A três minutos do trabalho. Lá ia eu toda animada a cantarolar já não sei o quê quando de repente... Tau! Estourada com o espelho retrovisor noutro de um carro estacionado. Dois espelhos estraçalhados.
Encosto, vou apanhar bocados de, enfm, coisas e deixar número de telefone.

Mal estaciono já no trabalho ligo toda stressada ao meu mui estimado marido que atende, estranhando telefonema àquela hora...

[Estimado marido] Sim?!...

[NM] Sim... Olha, bati com o carro!

[Estimado marido] Então?

[NM] Olha, bati. Parti o nosso espelho e o de outro carro. Ainda por cima foi o de um BMW.

[Estimado marido] Mas como é que foi?

[NM] Olha, foi... O outro estava estacionado e eu ia a passar e bati-lhe com o espelho.

[Estimado homem] O outro estava estacionado?!!

[NM] Estava. Porquê?

[Estimado homem] Por nada...

[NM] A sério, diz lá porquê...

{silêncio}

[NM] Sim?! Estás aí?

[Estimado homem] Estou... Estava a pensar... 

[NM] A pensar?!

[Estimado homem] Sim, a pensar... Esta é aquela parte em que tenho de pensar muito bem o que digo antes de desatares aos berros comigo, não é?

(...)

Espeeeeerto!!


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Por acaso percebo perfeitamente o desnorte do presidente do meu clube lá naquela situação do vapor de água com o Presidente do Arouca.

É que quando uma pessoa só está habituada a lidar com gente de fino trato, nem sempre age da forma mais adequada quando confrontada com situações e pessoas que lhe fogem aos cânones.  Eu também não sei como reagiria se me visse frente a frente com um búfalo enraivecido ou lá o que era aquilo.

Mas... Que fique bem claro, sou da opinião de que expelir vapor de água com toda a força em direção à boca de alguém nunca há de ser uma atitude de bom tom. Até se podem transmitir gripes inclusivamente. Ou herpes. Ou outras coisas piores.

Mas, como já disse, percebo perfeitamente. É de não estar habituado a certo tipo de gente...

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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Let the show begin!

Daqui.

"Finalists"!

"I am the only one who knows who the finalists are!"

Repito... "Finalists!"

E só o homem é que sabe quem são... Húuuu... Que poder... Que suspense... Tudo numa rede social perto se si.

Parecem ou não palavras de quem está prestes a abrir o envelope dourado num concurso de misses?

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Se não fosse a triste realidade até dava para rir.

Eu é que tenho o melhor poema.

«Com engenho»

Calma com o andor,
Que a procissão vai no adro,
Tem bom gosto sim senhor,
É um blog de agrado,
Assunto tem com fartura,
Sempre com engenho e razão,
E em qualquer altura
Tem uma qualquer solução,
Uma mãe exemplar,
Imagino pelo que tem escrito,
Tem palavras para ajudar,
Qualquer blogger expedito,
Continue a escrever bem,
A fazer os outros sorrir,
A atitude já a tem,
O resto acaba por vir. 

Obrigada, O Poeta! De coração. :)

* Só uma perguntinha... O que é "O resto" de que fala ali na última linha? Fiquei para aqui a matutar no assunto...

terça-feira, 15 de novembro de 2016

E é isto.

Diz-me o meu filho mais novo a mostrar-me os lápis de cor que traz muito bem agarradinhos na mão:

- Qual qués, mãe? Qual escóies?

- Qual escolho?! Hum... Deixa ver... Pode ser a amarela.

- Qués a  amaéia?!

- Sim.

- Ponto... Toma. Fica com a vemêlha.

(...)

E é isto a minha vida.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Suzanne.

De cor e salteado.
De trás para a frente.
O que trauteio quando nem me dou conta que estou a trautear.

Desde os meus 16.



So long, Leonard!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O acordar na Europa.

face punch punch truck punching


O despertador toca. Mal me mexo, ouço: "O Trump ganhou!" E eu rio-me a achar que marido estava a pregar-me uma partida... Mal pouso os olhos nas parangonas da TV... 

Festinhas... 

Comparado com o que hoje senti ao acordar, aquilo aquando do Brexit (cuja notícia me chegou no mesmíssimo contexto) foram suaves festinhas da cabeça.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

E controlo anti doping, existe?

Os candidatos presidenciais norte americanos estão em campanha há ano e meio. Ano-e-meio! Ano e meio debaixo de uma pressão mediática que ultrapassa os meus limites de capacidade de recriação. Ano e meio a saltar de Estado em Estado. Nestes últimos tempos chegam a estar em três Estados diferentes no mesmo dia. 

Nem que lhes façam o trabalho de bastidores todo. Eles estão fisicamente lá. E lêem os discursos, E enfrentam-se em debates de mais de uma hora. E sorriem. E acenam. Aparecem sempre mais frescos e viçosos do que aquilo que eu estou neste momento e ainda nem a uma da tarde é. 

Estamos a falar de pessoas de 70 anos, caramba...





Drogas. Só podem andar carregadinhos de drogas.





E isso explica muita coisa.

domingo, 6 de novembro de 2016

Só mais uma coisinha para os amigos portistas...

O Sporting acabou de ganhar por 3 - 0 ao Arouca. Três-Zero!



Não sabem escolher os clubes de futebol e depois, claro, ficam todos irritadinhos.

Pronto... E agora vou para dentro...

A ver se marido não perdeu, entretanto, os sentidos com os nervos lá por causa daquilo do jogo, que o sinto muito calado...

Até amanhã. Ou assim.

Não falho uma.

Jornal: Expresso.

Programa de rádio: Governo Sombra.

Programa de televisão: Project Runway.

Sempre a descer, bem sei!

Caiu o primeiro dente de leite ao Jr...

E o que eu gostava mesmo era de, quando lhe caísse o segundo, ter coragem de mandar fazer uns brincos com os ditos cujos, para me ir pavonear, de cabelo apanhado, junto das minhas amigas.

Rio-me à gargalhada só de imaginar a cara delas... 

Se soubesse o que sei hoje tinha-lhe chamado Francisco.

Por causa do Papa? Não. Por causa da chico-espertice, mesmo.

[NM] Jr., tens de comer pelo menos três fatias de pizza. São pequenas... Pelo menos três, ouviste?

[Jr.] Está beeeem.

(...)

[Jr.] Mãe... Posso não comer mais?

[NM, a saber que ele estava a acabar a 1º fatia, a 2ª na loucura das loucuras] Ui... Mas quanto é que tu já comeste?

[Jr.] Eeerrr... Três...

[NM] Hã?! Oh rapaz... Ui... Se me mentes... Ai... É que nem brinques... Ficas de castigo uma semana.

[Jr.] Três.. Por cento! Fogo, mãe... Nem me deixas acabar de falar, começas logo a ralhar...

(...)

Ahã!

Obviamente que há de ter uma explicação lógica qualquer. Só não estou é muito bem a ver qual.

Eu e Baby chegados da aula de natação conjunta.

[NM] Muito bem... O "Baby" portou-se muito bem... Conta ao pai, conta... O "Baby" nadou como um...

[Baby] Peixe!

[NM] Pois foi... Nadou como um peixe...

[Baby] A mamã tamém...

[NM] A mamã também nadou como um peixe, foi?

[Baby] Não. Como uma baleia.

(...)

Hã?!

Nisto, o meu marido engasgava-se a rir, claro... Obviamente.

Obviamente que foi completamente inocente... 
...
...
...

Obviamente, né?

O futebol é que estraga. Neurónios.

O meu marido é A razão. Sempre. Nem que o interlocutor seja uma criança. Nunca floreia nada, nunca conta meias verdades. As coisas são o que são. O meu marido é o homem que explica a uma criança de 2 anos que tem de dormir porque isso lhe fortalece as sinapses e que ensina uma de seis a andar de trotinete explicando leis da física. 

O meu marido revira os olhos e morde os lábios quando ouve falar no Pai Natal e na Fada dos Dentes.

No entanto, o meu marido é o homem que tenta convencer crianças (as tais que segundo palavras do próprio têm de perceber desde cedo como as coisas funcionam, factualmente) que...

[Jr.] Pai... Podes-me pôr aqui no tablet outros hinos de outros clubes...

[Estimado Marido] Posso. Só não podes ouvir o do Benfica porque esse estraga o tablet... 

[Jr.] Estraga?!!

[Estimado Marido] Estraga... Até vinha escrito no manual de instruções.

[Jr.] Hã?!!

[Baby] O Fenfica estága...

[Estimado Marido] Estraga... O do Benfica estraga! Não se pode ouvir.

(...)

Há condições? Pois claro que não...

E a jogada que deu origem ao canto que deu origem ao golo?

Ui...

Transtornou-me o marido. 

Não estou certa que consiga voltar ao que era. Oremos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A mim também me incomoda o salário do Presidente da CGD...

Incomoda-me, por exemplo, que o tal senhor ganhe o mesmo que o Fernando Mendes e a Catarina Furtado juntos.

Porque uma coisa é gerir um banco, bem sentadinho num belo gabinete com A/C e luz natural e a querer, poder e mandar. Outra completamente diferente é estar ali, às vezes em directo e sabe Deus com que vontade, a apertar bacalhaus e a receber presuntos ou a ser a cara bonita da estação de televisão pública, só porque sim, qual reinado, e quer se tenha dormido bem, mal ou assim-assim. Pelo criador... Cada macaco no seu galho. Toda a gente sabe que para a Caixa qualquer um serve. 

E depois, claro, o povo revolta-se... Pois claro que revolta... Porque o Gordo... Ai o Gordo... Bolas, aquilo com O Gordo é que é uma barrigada de riso... E a Catarina?! Ui... Só aquele sorriso vale tudo, senhores! Para a Caixa?! Iam buscar um meco qualquer, olha que carai... Olha agora pagar-lhe o mesmo que a estes dois queridos que tanto fazem pela nação... Não se compreende, de facto.

Se eu mandasse nisto ia buscar o Goucha e a Cristina para a RTP e punha um chimpanzé na presidência da Caixa. E pagava-lhe com robalos. 

O efeito era o mesmo e o povo andava mais feliz.

Adenda: Numa péssima blogo-conduta só fui confirmar os números que trazia na cabeça depois de publicar o post e tenho uma péssima notícia a dar-vos. Para termos o Goucha e a Cristina na RTP tínhamos de demitir a administração (praticamente) toda e deixar lá o chimpanzé (praticamente) sozinho. Não faz mal. Estou certa que dava conta do recado. Afinal de contas aquilo sobreviveu ao Vara...


snail patience

Já estive mais longe de organizar o meu próprio Mercadito, já...


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Pregou-se-me aqui uma dor nas cruzes que nem vos digo nem vos conto...

O Jr. foi a uma festa de Halloween a casa de um amigo. Contava ele entusiasmadíssimo:

[Jr.] Sabes mãe, estivemos a jogar ao verdade ou consequência. Sabes? E depois saiu-me consequência, sabes? E depois estava lá uma menina de 10 anos. Dez, hã! E depois eles disseram que eu tinha de dar um beijo na boca a ela. Sabes?! Como me tinha saído consequência...

(...)

Hã?! O quê?! Quem? Onde? Como?!! O meu bebé??... "Beijos na boca"?? Mas, mas... Já chegámos à Madeira ou o caraças... Ui... Quereis lá ver...

(...)

[NM] E tu deste??!!!

[Jr.] Não.

(...)

Ufa!... Pois claro que não... O meu bebé... Quer lá o meu bebé saber dessas coisas... Meu rico menino, fofura de sua mãe!...

(...)

[NM] Pois não... E então porquê?

[Jr.] Porque ela corria mais que eu.... Tinha dez anos, tu que julgas!

(...)

Je suis très schoqué e pour maintenant estou sem palavras.

Respeitai a minha dor.


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

NM pergunta

Não será um abuso por parte do blogger pedir aos seus estimados leitores/comentadores para seguirem um link sem dar a mínima pista do que os espera?

Olha... Palmier... Clica aqui.

domingo, 23 de outubro de 2016

A televisão estava sem som...

E num minuto lá estava aquilo que parecia uma conferência de imprensa de Nuno Espírito Santo e no minuto a seguir lá estava o homem a jogar Pictionary.



Não percebi nada...

Mas a expressão a adivinhar era: "Tudo ao molho e fé no André Silva", não era?

Ainda não foi desta que saí de dentro do bolo...*


* Parabéns, meu amor! De ano em ano... :)

sábado, 22 de outubro de 2016

No futebol, há uma coisa em que acho o meu filho melhor que os outros e há que não ter receio de o verbalizar.

- Mãe, posso fazer rasteijas nos jogos do torneio?

- Hã?

- Sim, se me deixas fazer rasteijas, hoje no futebol

- Rasteiras?!! A sério que me estás a perguntar se podes fazer rasteiras?

- É rasteiras que se diz?! Pensei que fosse rasteijas.

- É claro que não podes fazer rasteiras... Também gostas que os outros tas façam a ti?

- Gosto!

- Gostas?!

- Gosto. Claro.

- E o professor deixa que façam rasteiras uns aos outros?

- Deixa. Até se ri. E eu sou o que as faz melhor... Queres ver?

- Hã?! E vais fazer agora uma rasteira a quem?

- Sozinho. Claro.... Olha...

E nisto ganha balanço, deixa-se cair de joelhos e vai a deslizar pelo corredor fora, de punhos cerrados a gritar "Gooolo!".

Mais ou menos assim.

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E pronto. Sempre era rasteija, não rasteira! Acrescentai aí ao léxico que eu não duro sempre.

* Ninguém comemora como o Jr. Acreditai que é o melhor a fazer a festa. Comemora os golos com uma alegria imensa, com a técnica de rasteijar cada vez mais apurada. Os golos que os colegas marcam, claro e obviamente - é que isso nem se discute.